At
muito pouco tempo, o Brasil era considerado um pas de jovens, e o
crescimento da populao at a dcada de 70, em nosso pas, era
proporcional em todas as faixas etrias.
A partir
dos anos 70 verifica-se uma brusca e acentuada queda da natalidade.
O 3
Mundo antes desta dcada, concentrava mais da metade das pessoas idosas
do globo e essa proporo aumentava rapidamente enquanto que a taxa de
crescimento da populao com 65 anos ou maisera de 1,0% na Europa, 2,1% nos
EUA e o triplo na Amrica Latina (3,3%) e na frica (3,5%).
Os dados
referentes ao envelhecimento da populao brasileira (crescimento do
nmero de idosos em relao ao mais jovens) evidenciam que at o ano
2025 o contingente de idosos no Brasil ser 10 vezes maior daquele que
se verificava em 1981, enquanto que a populao total ter aumentado
apenas 5 vezes.
A
reduo da taxa de mortalidade j era esperada, porm, o que
surpreendeu foi o comportamento da taxa de natalidade. Hoje,
contrariamente ao que se verificava at poucos anos, os casais no
desejam famlias numerosas.
Este
aumento do numero de velhos tem criado problemas novos em pases como o
nosso que ainda no resolveram questes bsicas de educao,
sade, moradia, etc.
A partir
dos anos 80 aumentou significativamente o interesse pela chamada 3
idade.
Atualmente,
o idoso tema de preocupaes das polticaspblicas,sobretudo em pocas eleitorais
e interessa ao mercado pois representa divisas para o lazer e bens de
consumo dirigidos.
Contudo,
em nossa sociedade, agravam-se as desigualdades em relao
populao idosa; a que a injustia torna-se mais evidente.
muito
diferente ser velho rico ou ser velho pobre.
O
trabalhador que percebeu baixos salrios e que desempenhou uma
atividade profissional por um longo perodo, com a cessao do
trabalho, na aposentadoria, sente-se perdido ,e sem equilbrio.
Ele
acredita que no sabe fazer outra coisa seno trabalhar; perdeu o
convvio com os seus companheiros, sente-se marginal e sua
aposentadoria insuficiente para viver. O cio sem recursos um
tormento.
Quando o
aposentado dispe de recursos ou pertence classe mdia, seus
problemas so outros pois ele tem possibilidades concretas de lazer
e cultura para ocupar seu tempo.
H uma
indstria da juventude montada, diz Maria Lecticia Barreto, no seu
livro irvel Mundo Velho: a prtica de ginstica e ioga, o
uso de cremes, a hidromassagem e as operaes plsticas.
Os
modelos valorizados pela mdia, forjam o corpo produzido, e
aparncia fsica muito valorizada.
Mas a
velhice, implacvel, transforma o fsico do idoso. Saber envelhecer
difcil e deve ser ensinado desde a juventude.
Para o
aposentado - pobre ou rico - a grande desgraa da aposentadoria o
cio. Em vrios casos ele
a morte social ecultural da pessoa.
Em geral,
as mulheres vivem mais que os homens 7 ou 8 anos. O excedente de
mulheres um quadro comum no Primeiro e no Terceiro Mundo. As
mudanas dos valores fomenta as separaes, faz com que se desenvolva
a famlia monoparental. As mulheres vivas so muito mais numerosas
do que os vivos. Para elas, com os filhos criados e independentes, a
solido a maldio da velhice.
Felizmente
a idia do velho como encargo, dependncia e incapacidade est sendo
vista de outra forma.
Os
processos da Gerontologia e a medicina preventiva melhoraram asade e a disposio dos
velhos que j no se acanham em participar de esportes, de voltar aos
estudos, frequentando universidades.
Envelhecer
to natural quantocrescer,
pois a pessoa dentro de si continua ela mesma em todas as idades.
Difcil sentir-se jovem demais
para ser velho e velho demais para ser jovem.
O idoso
representa um capital de conhecimentos, de experincias e de sabedoria.
Ignorar e rechaar tal evidncia um desperdcio.
O idoso
pode ser til sua comunidade em trabalhos voluntrios, nos setores
social, cultural e mesmo poltico ou religioso.
A
atividade, seja ela intelectual ou fsica essencial para a vida
saudvel do idoso.
Associaes,
clubes, servios sociais ecursos
especializados para a 3 idade suscitam crescente interesse.
H
idosos, atualmente, que conquistaram novos espaos, sentem-se menos
marginais e mais participantes, atuantes nas reas sociais.
Infelizmente
estes ainda so uma minoria que esto abrindo espaos para o imenso
contigente de idosos esquecidos, abandonados e desprezados de nossa
injusta sociedade.
No
bastam leis, cdigos de proteo e apenas belos planos de ao pr
idoso. preciso que o idoso seja considerado uma pessoa digna, que
deve ser respeitada e sobretudo amada isto que os jovens, futuros
velhos de amanh, precisam compreender.