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Textos
Aldemir
Lemos e o Bacurau
Plnio Sanderson
Incio
dos anos oitenta, ditadura em declnio,
povo reivindicando a todo custo democracia,
as primeiras eleies “livres”:
Lei da Anistia, pluripartidarismo, liberdade
de associao e agremiaes.
Ps-Pacote de Abril, generais e parte
conivente do planalto, contraditoriamente
apelam para: senadores binicos e
o voto vinculado.
Nesse
contexto se desenha as eleies
de 1982, primeira livre para governadores.
No RN, polariza Aluzio Alves (PMDB),
raposa velha - da velha - poltica
e Jos Agripino Maia (PDS), herdeiro
de uma nova oligarquia oriunda do perodo
militar. A grande novidade era o Partido
dos trabalhadores (PT), apresentando o jornalista
Rubens Lemos, preso poltico, comprometido
com as lutas sociais, com seu jeito falante
e gestos largos.
Entre
os candidatos do PT: artistas, trabalhadores,
ativistas, estudantes, professores. Com
estrutura que se resumia a uma Kombi, sem
recursos e com a estigma da populao
que ligava Petistas a comunistas de barbas
etc... Estudante de Cincias Sociais,
junto com grupo articulado pelas propostas
visionrias da candidata a vereadora,
Rossana Sudrio, entramos na campanha
repletos de gs, ideais e utopias.
Em
todo comcio, Ademir Lemos, candidato
a deputa federal, era um dos mais esperados,
mais vivido que os demais companheiros,
fala cheio de traquejo e empolgao.
Relembro, que na cidade da Esperana,
para ser viabilizado foi pedido a energia
emprestada como colaborao
de um dono de bar. No discurso inflamado,
Ademir cita o Aluzio Alves –
cooptado pelos USA, atravs da “Aliana
para o Progresso” para barrar o avano
das ligas camponesas nas zonas da mata de
Pernambuco e Paraba. De repente,
avexado o senhor, tira o plug da tomada
e grita, tentando abafar a voz do Ademir:
“emprestar energia a comunista v
l, agora, falar mal de Aluzio,
aqui no!”
Gambiarra
s escuras, o comcio num
quase blecaute, segue com a “pequena
multido” (de umas quarenta
pessoas) levado pleno pulmes,
pela prosa bravia e combatente do companheiro
Ademir Lemos.
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